Um sino dobra nesta tarde fria,
Mas não dobra por morte de pessoa,
É por mim que perdi quem eu queria;
Bem longe dobra e no meu peito ecoa.
O sino segue balançando o dia,
A noite negra pelo céu se côa,
Voltam aves de longa romaria;
Minh'alma aflita pelo cosmo voa,
Cindindo os ares da desesperança
Em vôo incerto e quanto mais avança,
Mais tem desgosto, mais tem aflição...
Cansada do remígio quer voltar;
Mas, coitadinha, aonde vai pousar,
Se de mim se perdeu na solidão?
Mas não dobra por morte de pessoa,
É por mim que perdi quem eu queria;
Bem longe dobra e no meu peito ecoa.
O sino segue balançando o dia,
A noite negra pelo céu se côa,
Voltam aves de longa romaria;
Minh'alma aflita pelo cosmo voa,
Cindindo os ares da desesperança
Em vôo incerto e quanto mais avança,
Mais tem desgosto, mais tem aflição...
Cansada do remígio quer voltar;
Mas, coitadinha, aonde vai pousar,
Se de mim se perdeu na solidão?
R. B. Sotero
2 comentários:
Parabéns pelo texto!
Esse homem na verdade sabe escrever belissimos e raros textos .
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