Recostado tristonho pelo cais,
Vejo nos pingos deste mar sem fim
Das revoltosas vagas em motim
Cacos de amor de quem não me quer mais.
O marulho das águas nos corais,
Qual enfadonho cantochão mastim,
Fas coro aos ais que vão dentro de mim
Num responso de tristes funerais.
A lua cheia que no céu desponta
Olha o mar d'água, mas parece tonta,
Sem crer na dor que no meu peito assiste.
E aquela estrea que de lá me espia
Ainda não sabe, mas já desconfia
Que foi a musa que me fez mais triste.
Vejo nos pingos deste mar sem fim
Das revoltosas vagas em motim
Cacos de amor de quem não me quer mais.
O marulho das águas nos corais,
Qual enfadonho cantochão mastim,
Fas coro aos ais que vão dentro de mim
Num responso de tristes funerais.
A lua cheia que no céu desponta
Olha o mar d'água, mas parece tonta,
Sem crer na dor que no meu peito assiste.
E aquela estrea que de lá me espia
Ainda não sabe, mas já desconfia
Que foi a musa que me fez mais triste.
Raimundo Bento Sotero
2 comentários:
Muito bom ;)
Esse homem relamente escreve texto belissimos ; gosto muito dele .
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